terça-feira, 10 de abril de 2018

Símbolos que representam a si mesmos – Roy Wagner





Símbolos que representam a si mesmos – Roy Wagner

Roy Wagner destrincha e importância dos símbolos e seu papel na construção e desenvolvimento da cultura em Símbolos que representam a si mesmos, lançamento da editora Unesp.
Por César Alves.

Professor de antropologia na Universidade de Virginia, Roy Wagner é autor daquele que é tido como um dos mais importantes títulos da antropologia contemporânea, não só por sua importância histórica, como também por sua relevância ainda hoje, A Invenção da Cultura.
Publicado em 1975, no livro o autor trazia à luz o argumento de que a cultura surge da dialética entre o individual e o mundo social. Sua análise tinha como base as relações entre invenção e convenção, inovação e controle e significado e contexto, insistindo na importância da criatividade e colocando a humanidade, como espécie inventora por natureza, no coração do processo que dá origem à cultura.
Anos depois, Roy Wagner retomaria o argumento de a Invenção da Cultura, em Símbolos que Representam a si mesmos, que acaba de chegar às livrarias brasileiras pela Editora Unesp. Tão importante quanto a obra que a precedeu, aqui Roy Wagner aborda a importância dos símbolos e seu papel na criação da cultura.
Fazendo uso de exemplos tirados de sua relação pessoal com os povos Daribí, da Guinéa, e também da cultura ocidental, Wagner aborda a questão da criação de significado, examinando as qualidade não referenciais dos símbolos, do ponto de vista estético e das propriedades de sua forma, que autoriza aos símbolos comunicarem por si mesmos.
Em resumo, a obra aborda o sentido como poder organizador e constitutivo na vida cultural. Seu argumento é de que o fenômeno humano é uma ideia única e coerente, organizada mental, física e culturalmente em torno da forma de percepção que chamamos de “sentido”. Essa ideia possibilita uma perspectiva em desdobramento, simples e unificada, em vez do mosaico explanatório gerado pela colisão acidental entre um fenômeno genérico conhecido e disciplinas acadêmicas particulares.


Serviço:
Símbolos que representam a si mesmos
Autor: Roy Wagner
Tradução: Priscila Santos da Costa
Editora Unesp
197 páginas


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